Entrevista com Graciela Mayrink

Hei gente! Hoje estou trazendo a entrevista que fiz com a autora do maravilhoso livro Até Eu Te Encontrar, que já foi resenhado aqui no blog. Graciela Mayrink lançou seu primeiro romance a pouco tempo e veio na Bienal de Pernambuco para divulgar o seu livro, eu conheci ela lá! Vamos a entrevista:


Book Mania: Primeiramente, gostaria de agradecer a atenção em ceder essa entrevista. Agora vamos começar. Gostaria de começar falando sobre o seu primeiro romance, descreva em uma frase Até Eu Te Encontrar?

Graciela: Uma história que poderia ser real e poderia ter acontecido com qualquer pessoa.

BM: Quando surgiu a idéia de escrever esse livro? Quem foi a sua maior inspiração?

G: Pode parecer clichê ou até mentira, mas a ideia simplesmente veio na minha cabeça em 2008. Minhas ideias surgem assim e vou amadurecendo e pensando muito nelas antes de colocar no papel. No meio de 2009, terminei o livro. Quis fazer um livro que pudesse ser real, que as pessoas se identificassem. Não tive uma insipiração real, concreta, mas quis homenagear a cidade onde morei durante 6 anos para estudar (Viçosa) e minha irmã, que é minha maior incentivadora (Flávia).


BM: Os autores geralmente têm alguma dificuldade para publicar seus livros e alguns recorrem à publicação independente. Você teve esse problema? Se sim, cogitou em custear a publicação?

G: É um mercado muito difícil e existe a grande competição com os livros estrangeiros, que já chegam ao Brasil como best sellers. As grandes editoras dificilmente publicam um autor desconhecido, então aconselho os iniciantes procurarem uma editora pequena que dê espaço para os novatos. Existem algumas assim e é uma boa forma de entrar no mercado. Se for para fazer de forma independente, dá trabalho, mas para algumas pessoas este tipo de publicação vale a pena. O que precisa fazer é avaliar seu objetivo ao ser publicado e todos os gastos que vai ter.

BM: Os fatos do livro foram inspirados em seu cotidiano? Ou foi tudo da sua cabeça mesmo?

G: Foi praticamente tudo da minha cabeça. O que usei para o livro foram alguns lugares de Viçosa que eu frequentava, quis mostrar os laços fortes de amizade que acontecem lá, até hoje possuo grandes amigos que fiz na cidade. E, claro, o fato de já ter sofrido por um amor não correspondido. Mas a história toda, personagens, o que acontece, tudo é ficção.


BM: Quais são os altos e baixos de se escolher a carreira de escritora?

G: A melhor parte é o retorno e o carinho dos leitores. Publicar um livro e receber emails e mensagens de pessoas que leram e adoraram é muito bom e dá uma sensação de dever cumprido. A parte difícil é conseguir espaço e tornar seu livro conhecido, pois a quantidade de livros sendo lançada é grande demais. E também fazer as pessoas acreditarem que livros nacionais são tão bons quanto os internacionais. Infelizmente ainda existe um pouco do preconceito de que livros de autores nacionais são chatos.


BM: Sua família apoiou você quando falou que queria ser escritora? Ou teve alguém que ficou contra?

G: Todos deram apoio e ainda dão. Como escrevo desde pequena, eles acreditam em mim e sempre souberam da minha paixão pelos livros e pela escrita. Neste sentido não tive problema algum.


BM: Acho que essa é a mais difícil. Dentre os personagens do seu livro, qual é o seu preferido ou o que você mais colocou de si?

G: Puxa, é difícil mesmo. Não tenho exatamente um preferido. Gosto de vários por motivos diferentes. Não pus nada de mim neles, apenas peguei algumas características da minha irmã para usar na Flávia, como o fato de ela não gostar de suco de uva. Mas o que acontece com a Flávia do livro não aconteceu com a minha irmã.


BM: Sempre que pergunto para um autor dicas para escrever todos dizem que para escrever bem é preciso ler muito. Você lê desde pequena? Qual é seu livro favorito? E o autor que mais te inspirou?

G: Sim, ler é fundamental. Sempre li, desde pequena, e na adolescência já devorava livros. Tenho dois livros que são minhas paixões: O Vampiro Lestat, da Anne Rice, que li quando eu tinha uns 14 anos e amei, e A Marca de Uma Lágrima, do Pedro Bandeira, que li mais nova, no colégio, e foi o livro que mais gostei de ler "por obrigação", digamos assim. Posso citar os dois como inspirações e ídolos, e também os romances do Nicholas Sparks, que são semelhantes aos meus no sentido de serem histórias que poderiam ter acontecido com qualquer pessoa. Gosto de histórias assim para escrever.


BM: Sei que já está escrevendo o seu terceiro livro e que o segundo já está na revisão, já pode dar uma dica do que vai ser? Conte um pouco sobre seu próximo romance?

G: Por enquanto não prefiro não falar do livro porque ele ainda não está para ser publicado. Isto deve acontecer ano que vem, mais ou menos no meio do ano, mas prefiro não comentar nada enquanto não for algo concreto. Só posso dizer que segue o mesmo estilo do Até Eu Te Encontrar. Um romance que pode ser real.


BM: O que você diz para as pessoas que desejam começar a carreira de escritor?

G: Que leiam muito, claro, que escrevam muito e que tenham certeza de que é isto que querem. Tem de amar muito para conseguir levar a carreira adiante porque o caminho é bem difícil. Não é nada de glamour, é ralação e trabalho duro o tempo todo.


BM:  E por último, deixe um recado para os leitores do Book Mania.

G: Espero que os leitores deste blog que adoro leiam o meu livro e que gostem. Espero que, caso não sejam grandes fãs da literatura, que meu livro faça com que se apaixonem pelas letras e que tornem vocês leitores viciados nos livros.


BM: Novamente, muito obrigada pela entrevista e espero ansiosa pelo seu próximo livro!